Desde sempre, a família do meu pai gostou da "vida no mato". Uma roça, uma fazenda. Coisa simples, sem internet. Só pra passar os dias olhando o vento, passando o café e fazendo bolo à tarde.
Nunca fui assim. Sempre gostei da correria e do trânsito. Adoro apartamentos em andares bem altos em que toda a cidade está bem na janela. Pode até me chamar de maluca, mas adoro pegar metrô e andar de ônibus (quando não está lotado, claro!). Colocar a cabeça no vidro e ver as pessoas nas ruas, cada uma com sua vida, cada uma com seus problemas.
Andar sozinha nas ruas do centro me faz com que eu me sita uma adulta, como se eu soubesse me virar.
Quando eu era menor sempre imaginei que a vida seria igual à Malhação quando eu completasse uns 16 anos. Cada dia na casa de uma amiga, um cara lindo correndo atrás de mim, festas todos os sábados. Ninguém me mandou o Manual da Realidade, cujo único passo é: Estudar.
Tá bom, não o único. Também tem: Lave a louça, saia com sombrinha, jogue fora seu tempo livre. Ir ao cinema? Não, não, não!
A vida não é nem um pouco como uma novela, cheia de gente bonita morando no Leblon. A vida é tão mais que isso!
Não que minha vida seja ruim, ela não é. Mas sofri aquele "choque" de realidade. De repente as matérias eram bem mais difíceis, todos os sites pediam meu CPF e meu dinheiro foi todo embora.
Será que isso é ser um adulto?
Credo, ser um adulto é muito chato.
Será que eu posso ser uma adulta que lambe a vasilha de bolo? Quero ser esse tipo de adulta!
P.S: Essa foto é meramente ilustrativa, porque eu já cresci!
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